segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Amante Indócil - Janet Dailey


Outro livro mara!!! Meu Deus, amei!!! Claro que não é tão bom como A Carícia do Vento, mas é quase tão bom quanto, pelo menos na minha opinião.
SINOPSE:
Amante Indócil é uma história emocionante de Janet Dailey, uma das maiores autoras de best sellers em atividade. Diana Somers tinha sua própria maneira voluntariosa de conseguir o que queria. Quando seu casamento acaba por causa do ciúme do marido, ela volta para a casa do pai, uma estância no Meio-Oeste americano, assumindo a administração da propriedade. E lá conhece Holt Mallory, o homem que dirige a estância com mão de ferro... e Guy, seu filho, que fica fascinado por sua beleza.

O que eu gosto: a mocinha não é tão mocinha. Ela é humana. Volta de uma casamento fracassado para a casa do pai, e lá encontra o seu antigo desafeto (Holt), um homem que ela odeia, e o filho dele, Guy, que ela usou durante a infância, fez dele de gato e sapato, mais para provocar o pai. Ela volta para a fazenda meio carente, com todo mundo jugando-a por causa dos boatos criados pelo marido ciumento, e então se consola nos braços do Guy. Só que o que era para ser um sexo casual (sim, ela transa com ele e o Holt vê!) não é visto da mesma forma pelo Guy, que desde sempre é louco por ela. Ai gente... Isso vira uma confusão... A gente fica com pena do Guy e ao menos tempo acha ele um grude... Que situacão! Ela não quer magoá-lo.... Mas também não quer nada com ele... E para complicar ainda mais ao mesmo tempo ela se envolve com o pai, o Holt que ela odeia, mas que não consegue resistir a ele... Aliás, adoro amores que nascem do ódio.
Nota do livro: ***** - excelente!!!

Em e-book, para quem se interessar. Tem vários erros de pontuação, que dificultam que a gente diferencie diáologo e texto, mas mesmo assim, dá para le e vale a pena:
Trecho - a primeira vez deles:
- Por que fez amor com ele? - perguntou com veemência. (o Holt pergunta)

- Tive pena dele.

Mal havia terminado a frase, quando uma garra de aço segurou-lhe o ombro, e fê-la dar meia-volta. Diana fitou um par de olhos gélidos, e feições endurecidas pela raiva.

- Teve pena dele?! Por quê?

Todos os nervos gritaram ao sentir o contato dele. A reação química entre eles produziu o resultado previsivelmente volátil. A antipatia que sentia por ele era tão forte quanto o fora na juventude. Chamas incandescentes arderam nos seus olhos.
- Teria pena de qualquer um que tivesse você por pai! - As palavras continham todo o veneno que ela possuía.

Ele a agarrou pelos dois ombros, enterrando selvagemente os dedos na sua carne. Ergueu-a um pouco do chão, puxando-a para junto de si. As mãos agarraram-lhe os bíceps salientes, forçando os braços para mantê-lo afastado.

O rosto estava perto do dela, magro e rijo, primitivo na sua crueldade, viril na sua masculinidade.

- Sua sacanazinha vingativa. - A voz era baixa e agourenta, como o ruído da trovoada. - Guy pensa que você é uma deusa, e você é feita de barro... barro sujo e pegajoso, que a mão de qualquer homem pode moldar.

A pulsação dela se acelerou, de susto. Com um forte repelão, Diana soltou-se das mãos dele, rasgando um pedaço da blusa. Agarrou a fazenda, os olhos arregalados e acusadores quando se viraram para Holt.

- Acha que o Guy vai acreditar que fui eu que caí, desta vez? - perguntou, com ar de desafio.
Holt deu um passo ameaçador na sua direção, e Diana girou sobre si mesma, às cegas. Atiçara-o deliberadamente, e agora estava arrependida. Já superara o seu hábito de usar Guy para atingir Holt, porém, depois de tudo o que acontecera, ele jamais acreditaria nela.

Diana começou a correr, tanto de si mesma quanto dele. Meia dúzia de passos foi o que conseguiu dar, antes que Holt a alcançasse. Tentou soltar-se. As pernas se embaralharam nas dele. Perdendo o equilíbrio, Diana caiu ao chão, arrastando Holt consigo.

Por um instante, ficou imobilizada sob o peso dele, mas se contorceu e retorceu, empurrando e chutando para sair de debaixo dele. Mas ele ainda a dominava, puxando-a de volta quando tentou se arrastar e fugir. Os dedos de Diana se enroscavam no chão empedrado, enquanto tentava ganhar polegadas preciosas, sem conseguir sequer um centímetro. A força superior de Holt estava conseguindo virá-la de costas. Os dedos fecharam-se no cascalho que havia na sua mão. Quando ele a virou de costas, Diana jogou os grãos arenosos no rosto dele, cegando-o momentaneamente.

Antes que Diana pudesse livrar-se do seu aperto de ferro, Holt já se recuperara. As suas mãos tateantes encontraram os pulsos da moça, abrindo-lhes os braços sobre a cabeça, enquanto largava todo o corpo sobre o dela, imobilizando-a. Vagamente, Diana percebeu que Holt piscava e sacudia a cabeça, para tirar dos olhos as últimas partículas de poeira, mas não sentiu pena do desconforto que lhe causara.

Ainda assim, ela procurou se libertar, arqueando o corpo na tentativa de sair de sob o peso dele. Os seus arquejos terminaram em pequenos soluços de impotência. Holt manteve-a presa até que não tivesse mais energia para lutar. O coração batia descompassado, devido ao esforço despendido. Os músculos dos seus braços tremeram e relaxaram, desistindo de buscar libertar os pulsos da prisão.

Finalmente, Diana olhou para o rosto impassível do seu captor.

Exausta, e ainda ofegante, correu a ponta da língua pelo lábio superior, para umedecê-lo. O olhar alerta de Holt notou o movimento, e voltou a atenção para a boca da moça. As pupilas dele tornaram-se cinza-chumbo, ardentes e intensas.

Um gemido baixo de protesto soou na garganta de Diana. Ela foi incapaz de outro movimento qualquer, até mesmo de um ligeiro girar de cabeça, para evitar a boca que baixava sobre a sua. Tocou-a, cálida, exigente, uma pressão persuasiva que se movia sobre a curva sensível dos lábios dela.

Todos os seus sentidos deram sinal de vida. O leito de cascalho duro era áspero sob o seu corpo, nacos de pedra cutucando-lhe a carne. Ralou os braços na terra, quando Holt puxou-lhe os pulsos até a altura dos ombros. Diana sentiu o gosto salgado das gotas de suor que escorriam do lábio superior dele, para se misturarem ao beijo. O calor do corpo de ambos parecia fundi-los num só, o suor aumentando o cheiro de macho, almiscarado e estimulante. As batidas descompassadas do coração dela pareciam se igualar ao som irregular do dele.

A posse sensual dos seus lábios fê-la arrepiar-se toda, excitada, a despeito das tentativas de bloquear o prazer que lhe causara. O casamento lhe abrira os olhos para a sua natureza apaixonada, uma paixão que não fora atiçada pelas tentativas fervorosas, porém desajeitadas, de Guy. E fazia tanto tempo que Diana não sentia o toque de um homem que sabia como excitar uma mulher. Até este momento, quando a arte estava sendo posta em prática por um homem que sempre fora seu inimigo. Mas, se a derrota era isso, Diana sabia que ia saboreá-la, pois seus lábios já se suavizavam numa entrega inicial.

Aquele único, pequeno movimento, foi o riscar de uma cabeça de fósforo, acendendo uma chama que consumiu a ambos. A língua, sondando os mais íntimos recessos da sua boca, enviou ondas de prazer cascateando-lhe pelos membros. Cônscia dos dedos desfazendo-lhe os botões da blusa, Diana começou a mexer nos da camisa dele. O seu corpo parecia não ter peso, quando ele a ergueu para livrá-la da blusa e do sutiã que a tolhiam.

O toque da mão dele no seio foi tão firme e preciso que parecia que sempre havia sido alvo das suas carícias. Os mamilos ficaram duros e eretos nas palmas das suas mãos, pedrinhas sensíveis que a sua boca tinha que provar. Ela sentiu uma sensação de encrespamento descendo até os dedos dos pés, quando Holt começou a lambê-los.

As mãos não paravam por um instante, vagando à vontade pelo corpo dela, moldando o barro da sua carne segundo a vontade dele. Num turbilhão inconsciente de êxtase sensual, Diana percebeu que ele estava tirando as roupas que lhe restavam. Ficou atordoada ao pensar que logo nada haveria entre os dois. As suas mãos deslizaram pelas costas dele, sentindo as marcas irregulares na sua carne, e os músculos rijos ondulando, como aço vivo.

No momento da posse total, ela ergueu os quadris para receber a arremetida dele, enterrando-lhe as unhas na carne, como as garras encurvadas de uma gata em estado de satisfação. Afogava-se num mar de desejo. Jamais se sentira tão viva. Nada existia, salvo o prazer completo que ele lhe proporcionava, e o fervor com que Diana o retribuía. Mas não era uma progressão interminável. O fim chegou com uma escalada inebriante até alturas delirantes, e uma queda entontecedora até a terra.

Diana jazia no chão, olhos fechados, cônscia dos raios ardentes do sol tocando-lhe a pele nua. Escutou a respiração do homem ao seu lado. Durante alguns momentos serenos, não sentiu nada, exceto a alegria da satisfação. Aos poucos, o silêncio que aumentava trouxe-lhe outros pensamentos.

Virando a cabeça, olhou para ele, os olhos cautelosos e vulneráveis, velados pelos cílios espessos e curvos. Fitou o perfil másculo, os olhos cinzentos cerrados, o cabelo despenteado. Sentiu uma veia latejar no pescoço, vendo a vitalidade e a força estampadas nas feições vigorosas. Diana viu-o não como um inimigo ou um adversário, mas como um homem. E, como homem, Holt não tinha igual. Queria estender a mão e tocá-lo, contar-lhe como o seu contato fora um fogo abrasador.

Como se sentisse o olhar dela, e lesse seus pensamentos, Holt sentou-se com um movimento fluido, um gesto que o tirou do alcance dela, e pareceu rejeitar qualquer tipo de confidência. Ela baixou os cílios escuros para ocultar o lampejo de mágoa.

- Pelo menos, Guy não estava totalmente errado. Você é muito boa.

A afirmação humilhante incluía um elogio relutante. Porém, para Diana, foi uma bofetada que fez com que se sentisse vulgar e promíscua. Uma coisa que fora bonita, agora parecia maculada. Ela invocou o seu orgulho e se sentou, buscando as roupas espalhadas pelo chão.

- Isso não muda nada - falou Diana, recusando-se a olhar para ele. Mas sabia que tudo havia mudado.

- Nem pensei por um minuto que mudaria - respondeu Holt, secamente.

Um comentário:

  1. Eu simplesmente amei esse livro. Foi um dos primeiros romances que eu li, antes de descobrir os sebos XD
    beeijos

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