segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mamoplastia Redutora 3

Principais dúvidas que eu tinha antes da cirurgia e respostas:

Cicatriz:

Bom, falar em cirurgia é falar em cicatriz, e no caso da redução de mamas a cica vai depender das técnicas cirúrgicas de cada médico e do tamanho do seio.
Algumas mulheres ficam com a cicatriz em L ou I. A minha foi feita pela técnica do "T invertido" ou "Âncora", onde o mamilo é completamente recortado, é feita uma incisão do mamilo até a base do seio, e outro corte é feito embaixo. Como pode ser visto na imagem a seguir, que encontrei no Blog Questões de Peso. [Não consegui linkar, o site é esse: http://questoesdepeso.blogspot.com/]
Conheço pouquíssimas pessoas que fizeram a cirurgia com essas outras técnicas, mas não podia deixar de apresentá-las.



Outro detalhe, a cicatriz permanece pro resto da vida, fica discreta com o tempo, se a pessoa não tiver nenhuma complicação no processo, mas não some. Mesmo sabendo disso optei pela cirurgia, eu prefiro uma cicatriz discreta do que "aquilo" que eu tinha antes.

Onde fazer?

Meu médico me deu a lista de hospitais onde ele opera, eu perguntei qual ele considerava melhor, em questão de segurança e tals. Ele indicou um hospital onde uma tia e uma prima já haviam sido operadas, e outros profissionais da área só disseram coisas boas sobre o hospital, o que me fez decidir por ele. É importante ressaltar que não se deve fazer cirurgias como essa em clínicas sem UTI, isso é básico!!
Fui super bem recebida, adorei a minha anestesista e a equipe de enfermagem que cuidou de mim enquanto fiquei internada. Foram super atenciosos e eu felizmente não tenho do que reclamar.
Ah, em relação a internação. A maioria dos médicos pede 24 horas de internação, outros fazem a cirurgia pela manhã e dão alta a noite. O meu pediu entre 24 e 48, dependendo da minha reação. Entrei às oito da manhã do dia quatro e saí pouco depois do meio dia no dia cinco, umas 30 horas, aproximadamente.


Sobre gravidez e amamentação:

Com as técnicas atuais as glândulas mamárias e os ductos são preservados, para que a amamentação seja possível. Em alguns casos não se pode amamentar, entre 2 e 5%, se eu me lembro bem, mas não se sabe ao certo se é devido a cirurgia ou se a mulher já seria incapaz de amamentar antes do procedimento. Ainda há o fato do crescimento dos seios durante a gravidez, e que poderia prejudicar os efeitos da cirurgia. Mas é algo que depende de cada mulher, e fica difícil dar garantias.

De qualquer forma conheci uma paciente do meu médico, que fez essa cirurgia com ele há alguns anos atrás, e ela me contou que teve dois filhos após a cirurgia, e amamentou os dois, e pasmem, ela disse que os seios dela estavam ótimos, a gravidez e a amamentação não prejudicaram os resultados.

Anestesia:

Eu recebi anestesia geral, mas já li sobre médicos que aplicam apenas sedação+peridural.
Com anestesia geral a gente apaga e só acorda quando tudo tem terminado. Eu particularmente acho ótimo, já pensou acordar e ver o peito aberto? [Nas outras anestesias tem risco de isso acontecer]
Há também risco de choque anafilático, por isso é tão importante se estar num hospital com UTI, onde riscos como esses tem mais chance de ser revertidos.

Sobre os efeitos da anestesia – Cada pessoa reage de uma forma, alguns dormem por horas, outros não sentem absolutamente nada, outros, como eu, não se dão tão bem. Na verdade foi a única coisa que me incomodou durante esse processo. Após a cirurgia eu fui levada pra sala de recuperação, fiquei lá até alcançar minha temperatura normal e ficar estável. Passei pouquíssimo tempo, porque estava ótima, apenas tremendo de frio, o que é normal, afinal eu fiquei aberta por horas numa sala gelada pelo ar-condicionado, e perdi sangue e calor.
O engraçado é que eu batia os dentes uns nos outros tão forte, por causa do frio, que fiquei com medo de quebrá-los. Depois fui levada para o quarto, e aí começou o meu calvário. Eu passei simplesmente o dia todo completamente nauseada. Vomitei muito, apesar de estar com o estômago vazio, me sentia fraca e tonta, e apesar da fome não conseguia comer.
A cada vez que a ânsia de vômito subia pela minha garganta meu corpo todo se contraia, e eu sentia dor onde os cortes foram feitos. Sem exgero, pensei que fosse morrer. A noite meu médico dobrou a medicação pra enjôo e acrescentou um tranqüilizante. Só aí eu dormi, e acordei no outro dia super bem!

Sutiã:

É preciso usar um sutiã cirúrgico por alguns meses após a cirurgia. É ele que vai sustentar e com o tempo dar forma aos seios novos. Existem várias marcas disponibilizadas. Meu médico indicou a Yoga, é o mais caro, mas eu comprei e não me arrependi. Nos primeiros dias ele machucou um pouco, porque a gente fica extremamente sensível, mas na segunda semana ele fica mais confortável. O sutiã dá uma sustentação enorme, e acho que nunca vou abandoná-lo, principalmente quando eu voltar a fazer minhas caminhadas.
E sabe o que é melhor? Estou usando o P!!! Acho que nunca usei P na minha vida!!! [tirando a época que eu tinha nove, dez anos]

Remédios de uso contínuo:

Bem, algumas pessoas usam remédios por um longo tempo. Eu usava mais de um, o hormônio da tireóide [porque tenho hipotireoidismo], anticoncepcional, vitamina E e Vaslip [remédio pro colesterol].
Não precisei parar nenhum, mas os dois últimos acabaram e preferi não comprar, daqui a alguns dias volto a gineco e vejo o que ela diz. Mas alguns remédios devem parar de ser usados antes da cirurgia, cada pessoa tem que ver com o seu médico.

Dreno e sonda:

O uso desses instrumentos após a cirurgia vai depender do médico. O meu me fez ficar com um dreno torácico sugando o excesso de sangue após a cirurgia e sonda, pra que eu não precisasse levantar pra ir ao banheiro. A sonda me incomodou a tarde inteira, mas depois que eu dormi esqueci dela, e na manhã seguinte ela foi útil, já que eu estava fraca demais pra levantar. Nenhum dos dois dói na hora de tirar, então eu acho prático.

Mais detalhes no próximo post!
Xêros!!

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